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O TRAUMA EM AÇÃO

O TRAUMA EM AÇÃO

Como os traumas moldam sua vida adulta (sem que você perceba)

 Traumas não são apenas grandes acontecimentos. Muitas vezes, são experiências repetidas de não acolhimento, silenciamento ou negligência emocional vividas na infância. Essas marcas, mesmo quando invisíveis, estruturam a forma como nos relacionamos com o mundo, com o outro e principalmente, conosco. A psicanálise entende o trauma não apenas como um fato, mas como aquilo que não pôde ser simbolizado no momento em que aconteceu. Como nos lembra Freud (1920), o trauma psíquico é definido pelo impacto de uma experiência que excede a capacidade do sujeito de elaborá-la.

Por isso, ele retorna de forma repetitiva  nos pensamentos, nos sonhos, nos sintomas. Na vida adulta, traumas não elaborados podem se manifestar como:

• Padrões afetivos que se repetem, como atrair pessoas indisponíveis ou relacionamentos tóxicos

• Problemas com dinheiro, ligados à sensação inconsciente de não merecimento, culpa ou medo de prosperar

 • Baixa autoestima, muitas vezes enraizada em experiências precoces de desvalorização, comparação ou abandono emocional.

A teórica da Teoria do Apego, como Bowlby (1988), também reforça que experiências precoces de insegurança emocional podem gerar adultos com dificuldade de se autorregular emocionalmente, confiar em si mesmos e sustentar vínculos saudáveis. O mais importante: o que foi aprendido pode ser ressignificado. Através de um processo terapêutico comprometido, é possível transformar padrões automáticos em escolhas conscientes. Não é sobre apagar o passado, mas sobre dar novos sentidos ao que parecia imutável.

 

Referências: • Freud, S. (1920). Além do Princípio do Prazer.

• Bowlby, J. (1988). Uma base segura: aplicações clínicas da teoria do apego.

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